quarta-feira, 14 de maio de 2008
Novo Album "John Dahlbäck - Winners and Fools"
A capa do álbum já adverte: Winners & Fools, quarto álbum do prolífico sueco John Dahlbäck, é uma mistura inusitada e quase bizarra, mas bem executada. Assim como a tipografia art déco ao lado de letras góticas, cores que vão do magenta quente a um azul frio, o dourado, alguns elementos simétricos e outros nem tanto, o CD junta electro, minimal techno, electrohouse e uma forte presença pop de forma estranha, mas curiosa.
Ouvir o álbum pela primeira traz a sensação de que John, hoje com 22 anos, atirou para vários lados e, por coincidência ou não, acertou em vários momentos. A "Intro" tem clima minimalista, batidas quebradas, narrativa lenta, piano e cordas que lembram facilmente o alemão Apparat. É uma bela faixa de abertura, e o primeiro contraste aparece logo em seguida. "Gold & Fear" vem com base electrohouse tipicamente pesada e melodia distorcida, viajante e bonita, fazendo ponte para a quase infantil (e óptima) "Sidewalk", faixa de vocal suave, com direito a "la la la las" despretensiosos e um teclado de videogame, mas que passa longe dos 8-bits da new rave.
Logo após a discrepância de estilos das três primeiras músicas, John retoma a sonoridade minimal com o grande momento do disco: "Honeywell". Uma estrutura meticulosamente construída num teclado hipnótico meio Booka Shade, com acompanhamento quase vítreo que soa como órgão de tubos (daqueles de igreja), oscilante, viajante, erudito, minimalista. Tudo sobre uma batida electro bastante contida. E, para finalizar, cordas bem dramáticas. Fina.
Se alguma faixa tem chances de ir para as pistas, é a acelerada "Balcony Dance", com cordas que oscilam entre notas altas e baixas sobre uma forte base electrohouse. Talvez precise de um contexto bem estudado para não parecer muito datada, mas definitivamente é uma música construída para a pista. Já "You and Me" aposta em BPMs mais baixos e vocal pop, mas sem soar comercial. Fecharia o álbum grandiosamente, não fosse "More Than I Wanted", que faz você pensar que já ouviu algo parecido antes em alguma estação de rádio, num sábado à noite. Juntamente com "World of Love", "More Than I Wanted" faz a dupla das músicas dispensáveis do álbum.
O disco tem o selo da editora Pickadoll Records.
“in rraurl” ¶ 12:01 da tarde
A capa do álbum já adverte: Winners & Fools, quarto álbum do prolífico sueco John Dahlbäck, é uma mistura inusitada e quase bizarra, mas bem executada. Assim como a tipografia art déco ao lado de letras góticas, cores que vão do magenta quente a um azul frio, o dourado, alguns elementos simétricos e outros nem tanto, o CD junta electro, minimal techno, electrohouse e uma forte presença pop de forma estranha, mas curiosa.
Ouvir o álbum pela primeira traz a sensação de que John, hoje com 22 anos, atirou para vários lados e, por coincidência ou não, acertou em vários momentos. A "Intro" tem clima minimalista, batidas quebradas, narrativa lenta, piano e cordas que lembram facilmente o alemão Apparat. É uma bela faixa de abertura, e o primeiro contraste aparece logo em seguida. "Gold & Fear" vem com base electrohouse tipicamente pesada e melodia distorcida, viajante e bonita, fazendo ponte para a quase infantil (e óptima) "Sidewalk", faixa de vocal suave, com direito a "la la la las" despretensiosos e um teclado de videogame, mas que passa longe dos 8-bits da new rave.
Logo após a discrepância de estilos das três primeiras músicas, John retoma a sonoridade minimal com o grande momento do disco: "Honeywell". Uma estrutura meticulosamente construída num teclado hipnótico meio Booka Shade, com acompanhamento quase vítreo que soa como órgão de tubos (daqueles de igreja), oscilante, viajante, erudito, minimalista. Tudo sobre uma batida electro bastante contida. E, para finalizar, cordas bem dramáticas. Fina.
Se alguma faixa tem chances de ir para as pistas, é a acelerada "Balcony Dance", com cordas que oscilam entre notas altas e baixas sobre uma forte base electrohouse. Talvez precise de um contexto bem estudado para não parecer muito datada, mas definitivamente é uma música construída para a pista. Já "You and Me" aposta em BPMs mais baixos e vocal pop, mas sem soar comercial. Fecharia o álbum grandiosamente, não fosse "More Than I Wanted", que faz você pensar que já ouviu algo parecido antes em alguma estação de rádio, num sábado à noite. Juntamente com "World of Love", "More Than I Wanted" faz a dupla das músicas dispensáveis do álbum.
O disco tem o selo da editora Pickadoll Records.
“in rraurl” ¶ 12:01 da tarde
